Rabisco de Vinil: Dryca Ryzzo
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Brasilidade. Talvez esse seja um dos maiores atributos dessa cantora, cria do Rap. Melhor, cria na música negra. A primeira vez que ouvi algo dessa artista, foi mais ou menos, em meados de 2011. Não me lembro bem a data. O fato é que aquela voz, que já embalava Conexão do Morro e Rosana Bronk’s há algum tempo, dava cada vez mais leveza, curiosidade e identidade para aquela cantora. Ela, que participou da terceira edição do evento ‘’A Vida é um Moinho”, mostrou e mostra o porque pode ser considerada uma das grandes vozes do país na atualidade. Seu nome? DRYCA RYZZO.
Dryca tem uma voz diferenciada. O que ela faz no microfone tem um perfil ímpar. Algo capaz de agradar gregos e troianos. Seu ‘’R&B verde e amarelo’’ tem uma ligação fantástica com o R&B nascido nos Estados Unidos na década de 40. Talvez por isso, sempre quando escuto o seu timbre nos alto falantes, tenho a impressão de ouvir suavemente a voz de Michelle Williams (ex-integrante do grupo Destiny’s Child), uma das vozes mais brilhantes e marcantes da música negra mundial. (E que vontade eu tenho de ver Dryca interpretando ‘’Say Yes’’ – Michelle Williams feat. Beyoncé & Kelly Rowland. Mas, finjam não ler isso e, pulem para o próximo parágrafo.)
A mistura de R&B, samba, rap, poesia e tudo o que há de melhor, pode traduzir Dryca Ryzzo em melodia, já que, seu trabalho atravessa fronteiras e barreiras na música. Sua maneira diferenciada de trabalhar, de se apresentar e, principalmente, de interpretar, faz com que as pessoas não apenas ouçam a canção, mas, também, sintam tudo aquilo que cada nota e cada palavra transmitem. Foi assim no evento citado no primeiro parágrafo dessas linhas que vocês estão lendo nesse momento, foi assim no Estúdio Show Livre, foi assim em uma participação da cantora no show de Marcelo D2 no Tim Music na Rua, que aconteceu em novembro de 2014 em São Paulo.
Por isso, abra os seus arquivos e, coloque neles uma pitada ruiva nacional com ar norte-americano, que não deixa de ser tupiniquim, mas, que está acima do nível nacional e, bem próximo do nível americano de interpretar. Devore algumas músicas e, espere o novo disco da cantora que está próximo de ser lançado. Depois, é só sentir o clima e deixar a Black Music dessa paulistana te levar pra outras dimensões, muito além do que você está acostumado!
Fotos: Divulgação / Carina Zaratin
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