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Respect: O manifesto político & feminista de Aretha Franklin

Respect: O manifesto político & feminista de Aretha Franklin

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#ReviewsRespect, clássico na voz de Aretha Franklin, a track que é considerada um dos primeiros hinos feministas da história segue inspirando ainda mais a voz de toda uma geração. Mais do que uma versão da canção de Otis Redding, a enérgica gravação de 1967 de “Respect” por Aretha Franklin transformou esta música em um hino político e feminista, consagrando sua intérprete como a rainha do soul com apenas 25 anos, a revista Rolling Stone coroou o hit como a quinta melhor música “de todos os tempos” em uma lista de sucessos publicada em 2004, na qual Aretha Franklin, que morreu esse ano, aparecia atrás apenas de Bob Dylan, Rolling Stones, John Lennon e Marvin Gaye.

Se tornou praticamente impossível separar Respect de Aretha Franklin. Faixa gravada pela cantora americana no álbum I Never Loved a Man the Way I Love You, seu primeiro pela Atlantic Records, o clássico que praticamente redefiniu a cultura americana na reta final da década de 60. “Respect” foi escrita e gravada por Otis Redding em 1965, mas foi a versão de Aretha Franklin, com seu refrão forte, que a fez passar a posteridade. Na versão de Redding, um homem exige o respeito de sua esposa, “Provavelmente a primeira coisa que qualquer um está pensando agora é em como uma faixa de teor machista poderia se tornar um hino tão poderoso na voz de Aretha Franklin. Por isso deve ficar claro que existem mudanças sutis na composição que ganhou corpo na voz da cantora americana”. Um respeito que considera que ela devia já que ele é quem sustenta a família. Mas Franklin, em sua versão gravada no dia de São Valentim de 1967 em Nova Iorque, elimina esse esquema tradicional, colocando as palavras na boca de uma mulher forte e dinâmica. A cantora manteve os versos, mas acrescentou um coro, com suas irmãs Erma e Carolyn, e algumas expressões, como este provocativo “Sock it to me“, que pode ser traduzido como “Me mostre do que você é capaz“. E colocou ênfase no “R-E-S-P-E-C-T”, que não parece pedir, mas exigir!

Com este grande sucesso levou os dois primeiros de seus 18 prêmios Grammy. E embora seja uma artista com uma grande caminhada, “Respect” a converteu na nova rainha do soul e do R&B, e marcou também o início de sua carreira internacional. Este clássico da música americana apareceu em cerca de 30 filmes, como “Platoon“, “Os Irmãos Cara-de-Pau” e “Forrest Gump: o contador de histórias“.

Vários artistas, incluindo Stevie Wonder, fizeram as próprias versões. Neste contexto, Otis Redding reagiu bem. Uma “boa amiga” que “a levou para longe“, disse com um sorriso sobre esta canção no palco em um Festival de Monterrey. Meses depois, em dezembro de 1967, morreu em um acidente de avião.

Fontes: Rolling Stones, Correio do Povo, Wikipedia & Omelete

Produtor cultural e blogueiro a 10 anos, sendo 9 dedicados ao RAPLongaVida. Criador da maior premiação de rap da região sul e uma das únicas em atividade no Brasil, o @premioraplongavida está em sua 6ª edição.