Hip Hop em universidades brasileiras é debatido em evento de Harvard em São Paulo

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Com o tema “projetos institucionais de Hip Hop em universidades brasileiras”, um evento internacional promovido pela Harvard University vai reunir pesquisadores e pesquisadoras de várias partes do Brasil na Faculdade de Direito em São Paulo, para falar sobre as ações envolvendo o Hip Hop em instituições de ensino do país. 

Esse tema corresponde ao painel 201 da Terceiro Encontro Continental de Estudos Afro-Latino-Americanos do ALARI 2024 e ocorrerá às 14h da próxima sexta-feira (12) na sala Rubino de Oliveira da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A entrada é gratuita. 

O Afro-Latin American Research Institute (ALARI) já promoveu duas vezes o Encontro Continental de Estudos Afro-Latino-Americanos e ambos aconteceram nos Estados Unidos, nos anos de 2019 e 2022. Agora, São Paulo é o primeiro lugar fora dos Estados Unidos a receber o evento.

Os palestrantes do painel sobre Hip Hop são: Jaqueline Santos (Unicamp), Carlos Guerra Júnior (Unir), Daniela Vieira (Unicamp) e Márcia Marques (UnB). O pesquisador Adalberto Almeida (UFRN) fará a mediação. Vale ressaltar que a Harvard University possui grande abertura para os estudos do Hip Hop, já que possui um Arquivo do Hip Hop, local onde uma das painelistas já realizou pesquisa: a professora Jaqueline Santos.

Jaqueline Santos e Daniela Vieira são atualmente pesquisadoras da Universidade de Campinas e fizeram a curadoria da criação do primeiro Arquivo do Hip Hop em uma universidade brasileira, que fica localizado na Unicamp. Elas também organizaram palestra com o grupo Racionais MC´s na Unicamp e são autoras do livro “Racionais MC´s – Entre o gatilho e a liberdade”, bem como coordenam a linha de pesquisa Hip Hop em Trânsito, responsável por promover eventos internacionais acadêmicos do movimento cultural. Por iniciativa de Jaqueline, a Unicamp também promoveu disciplinas sobre o Hip Hop.

A professora Márcia Marques idealizou a primeira disciplina de rap em uma universidade brasileira, realizada em 2019 na Universidade de Brasília (UnB), além de ter transformado a Batalha da Escada, promovida na UnB, em um projeto de extensão. Os organizadores dessa batalha atualmente realizam eventos culturais e acadêmicos na instituição.

Da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Carlos Guerra Júnior foi o responsável por propor o painel. O professor criou o podcast Barras Maning Arretadas, que cataloga as histórias do movimento Hip Hop em cidades africanas, com foco em países que têm influência da língua portuguesa. Além disso, ministrou a disciplina “Estratégias de Comunicação da Música Rap”, bem como inseriu rappers em eventos de extensão da Universidade. A Unir já tem outros trabalhos desenvolvidos no âmbito da pesquisa, que contaram com orientação do professor, como são os casos de uma proposta de acervo para o Hip Hop de Rondônia e um livro-reportagem sobre as mulheres rappers, ambos feitos por orientandas do idealizador do painel, respectivamente Juliane Lima e Ana Laura Gomes.

O mediador do painel também foi orientador do idealizador do painel, em pesquisa de mestrado. O responsável pela mediação, Adalberto Almeida, é mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde abordou a Batalha do Coliseu, que é realizada dentro da própria UFRN. O evento foi inicialmente proibido, mas atualmente é institucionalizado como ação de extensão da universidade.

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