Em votação unânime, é aberto o processo de registro e salvaguarda do Hip-Hop de São Paulo como patrimônio cultural e imaterial
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Na última segunda-feira (26/02), o CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) do Estado de São Paulo aprovou por unanimidade o inicio dos estudos para o registro e salvaguarda da Cultura Hip-Hop como patrimônio cultural e imaterial do Estado de São Paulo. Um passo importante para reafirmar a Cultura Hip-Hop como prática da juventude periférica em sua formação cidadã e sentido de pertencimento.
Esse pedido foi feito em 19 de dezembro de 2013 pelo então Assessor Especial de Projetos Para Hip-Hop Márcio Santos da Silva, conhecido por nós como Tchuck, integrante do grupo Rota de Colisão – seu cargo fazia parte da Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria de Cultura (ACGE). O processo ficou parado por muitos anos, até que em maio de 2023 o sociólogo e servidor Rafael Balseiro Zin fez o seu parecer técnico e deu andamento ao processo. O parecer favorável foi elaborado e lido pelo conselheiro Davidson Panis Kaseker, que recebeu muitos elogios do presidente do CONDEPHAAT Carlos Augusto Mattei Faggin e ao final da aprovação todos (as/es) presentes aplaudiram a decisão. De acordo com os próprios servidores algo não muito comum aconteceu, o pedido foi aprovado de forma unânime, nenhum dos conselheiros se absteve ou foi contra.
Estive presente acompanhando a reunião ao lado do MC Who?! (O Credo e Coletivo Hip-Hop Cultura de Rua), que também colaborou com Márcio Santos no início da elaboração desse pedido. Vale ressaltar que esse não é um processo político feito por vereadores ou deputados, representantes da Cultura Hip-Hop fizeram o pedido e agora serão seguidos os próximos passos. Ao final, através da ciência e estudos técnicos, a Cultura Hip-Hop do Estado de São Paulo será oficialmente patrimônio cultural e imaterial.
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