Amanda Negrasim faz grande celebração em São Paulo
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AMANDA NEGRASIM fez história no mês de agosto com as Herdeiras de Aqualtune
Quem foi ainda que uma vez na Galeria Olido (São Paulo) no mês de agosto, nas quartas-feiras, entre 18h e 20h, teve, entre várias sensações, uma em comum: que ali estava o rap. Até aí, normal, se não fosse o fato de o palco ter sido tomado de assalto por mulheres pretas e brancas da periferia gritando que “Periferia é um pedaço da África!“. Na ocupação de nome Quarta- Flow e desta e outras formas Amanda Negrasim deixava um pouco de sua alma com cada um dos presentes no evento e a cada instante um fã a mais ela ganhava! “O mais da hora foi que veio as MCs, as filhas e mães também“, diz Amanda.
Além de ter uma equipe dedicada e em sintonia com o jeito único dessa MC, que tem mais de uma década de caminhada, Amanda trouxe diversas amigas, irmãs e parceiras para dividir este momento de celebração, auto afirmação e entrega. A artista celebrou o disco, a marca (Herdeiras de Aqualtune), os anos de estrada, a luta, sua superação pessoal e com muita rima de qualidade e canções que são exatamente aquilo que é Amanda Negrasim: uma guerreira que se supera a cada ano e que levou ao palco toda (ou quase todas) suas influências musicais. Com a DJ Simone Lasdennas nos toca-discos, Lua Rodrigues e Leca Soull no vocal, Amanda penetrava ouvidos, corpos, mentes e alma com sua voz potente e seu grande carisma.
Nomes já consagrados entre o rap, como Dory de Oliveira, Tati Botelho, Tábata Alves, Klaujah, Pamelloza, dentre outras, estiveram presentes com suas rimas também de peso e sempre valorizando e reafirmando que a luta das mulheres negras tem suas peculiaridades, mas que a luta é a mesma. “A gente conseguiu mostrar que as mulheres negras estão mais fortes do que nunca“, diz Amanda. Se você perdeu, aguarde os vídeos nas redes, mas tenho que dizer que se você teve um tempo nesses dias e horas que teve este evento saiba, você perdeu algo novo, único, histórico e gratuito! “Além da nossa bagagem ancestral a gente trás a nossa bagagem também“, completa a MC sobre unir tantas mulheres de talento da periferia de São Paulo que sente na pele o peso da discriminação racial e social.
E como diz Amanda: “Asè ooo!“.
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