#AlémDeMarço: Paula Farias, jornalismo pelo rap
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Da organização de shows ao trabalho na Revista Rap Nacional, jornalista deixa sua assinatura no hip hop
Depoimento: Paula Farias
Sou a PAULA, sou mulher, sou jornalista, sou moradora do Grajaú, extremo sul da capital paulista e apaixonada pela cultura HIP HOP.
Meu amor pelo Hip Hop começou a muitos anos, ouvindo uma fita cassete dos Racionais MC’s e um LP do NDEE Naldinho, relíquias que meu pai ainda guarda.
Já o meu envolvimento profissional com o movimento começou em 2009, justamente quando ingressei na faculdade de jornalismo, naquele tempo eu sentia muita falta de saber mais informações sobre os eventos e os grupos de rap.
A partir daquele ano comecei a colaborar com o Portal Rap Nacional, fiz coberturas de shows, matérias, entrevistas, em uma época onde o Orkut era rei, mas as redes sociais ainda não estavam tão fortes na vida das pessoas como estão hoje.
Além disso, trabalhei na organização de shows de rap, e tive a oportunidade de participar também da revista Rap Nacional, entrevistei grandes nomes do rap nacional como: o Criolo, GOG, Mano Brown, Ao Cubo, Império ZO, Consciência Humana, Dexter, Eduardo (Ex-Facção Central), Trilha Sonora do Gueto, os jovens MC’S Projota e Rashid, até o pai do Hip Hop Nacional, o grande Nelson Triunfo, além de diversos outros grupos e MC’s.
Nestes anos trabalhando e respirando a cultura Hip Hop, vive muitos momentos marcantes, tive a honra de entrevista o Sabotinha, no especial de 9 anos sem o Sabotage, para a revista Rap Nacional, estive na casa do Sabotage, na favela do Boqueirão, além de participar da triste cobertura sobre a morte da eterna rainha do rap, Dina Di.
Escrevi também sobre os saraus, sobre o dia da consciência negra, sempre busquei unir a música com a luta, sempre enxerguei o rap nacional como uma forma de revolução. Aquele som que te faz despertar foi assim comigo, as rimas da “A Fórmula Mágica da Paz” me fizeram perceber o contexto social em que estava inserida.
Enfrentei muitos ônibus lotados, sol, chuva, escutei e presenciei coisas desagradáveis, mas nunca me deixei abater.
A sensação de missão cumprida e a imensa felicidade em poder ajudar a escrever a nossa própria história sempre falaram mais alto.
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