Agenda BF | ‘Festival Terra do Rap 2021’, que une os países de língua portuguesa, chega a 8ª edição
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A abertura do Festival foi dia 28 de fevereiro com novas vozes femininas do Rap e do Slam Poetry, confira abaixo como foi, leia mais sobre e confira a programação.
MCs que participaram da abertura – Thai Flow, Juju Rude, Lis MC, Cold Jas, Ikinya, A Bronca, Helen Nzinga, Kaê, Guajajara, SoulFull e Afrodite BXD.
Poetas – Víviane Laprovita, Andrea Bak, Winona Evelyn, Sabrina Azevedo e Sabrina Martina
Mestres de Cerimônias – DJ Tamy e Natália Brambila
A conexão por intermédio de novas vozes e aproximar os países de língua portuguesa é o mote do Festival Terra do Rap 2021. A versão on-line do evento, por conta da pandemia, não foi impeditivo, pelo contrário, possibilitou maior envolvimento e abrangência de artistas.
Produzido e idealizado pelo rapper Vinicius Terra, a Terra do Rap é o primeiro festival de intercâmbio entre os países da língua portuguesa sob a ótica da cultura urbana. Desde sua origem, em 2013, integra artistas de todos os territórios lusófonos do planeta.
“Os artistas convidados para esta edição são, em sua maioria, grandes talentos ainda sem grande alcance nesse mundo de algoritmos e busca por views e engajamentos na internet. Promover este ano o encontro de novas vozes, ainda invisíveis ao streaming nos diversos apps de música é poder também não só amplificar essas vozes, mas aproximá-las também neste intercâmbio sobre o que cada um pode contribuir no tocante a novas formas de propagar e promover a sua própria arte”, avalia Vinicius Terra, considerado pelos seus pares o embaixador do rap lusófono no Brasil.
Entre os destaques do Festival está o show de abertura, disponível acima, exclusivamente com mulheres, a Fita Misturada On-line (uma espécie de “live-mixtape”, na qual todas as artistas realizaram performances inéditas, em 8 horas de programação). O evento esteve sob o comando de Natália Brambila (comunicadora nascida e criada na comunidade do Jacarezinho) e da DJ Tamy (atuante no festival desde a primeira edição).
Das 15 artistas que se apresentaram, as performances mais esperadas eram as de Thai Flow (ex-stripper), Juju Rude (de Parada de Lucas), Cold Jas (angolana residente no Rio), ABronca (dupla da favela do Vidigal), Kaê Guajajara (rapper indígena da Aldeia Maracanã) e das poetas Viviane Laprovita, (também artista visual, de São João de Meriti) e Andrea Bak (integrante do Slam das Minas).
“A cena mais criativa e original tem vindo da ala feminina no rap. Há uma preocupação estética pautada na quebra de paradigmas sociais impostos desde sempre ao papel da mulher. Percebi que boa parte das mulheres convidadas para esta edição não possuem a facilidade de produzir (sobretudo no atual contexto onde não temos mais shows) lives remuneradas ou com uma estrutura digna para alcançar novos públicos e propagar sua arte com o merecido alcance. Resolvemos que a abertura do Festival deste ano fosse com o maior número possível de mulheres do rap lusófono residentes no Rio de Janeiro”, comenta Vinicius Terra que também assina a curadoria do Festival.
Sobre o Festival – A Terra do Rap é o único Festival de intercâmbio entre artistas da lusofonia sob a ótica da cultura Urbana. Acontece desde 2013 e, em suas sete edições (nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Lisboa/Portugal), foi vivenciado por mais de 15 mil pessoas. Com o objetivo de sempre revelar novos artistas nos dois lados do Atlântico, o evento já recebeu e conectou, por exemplo, artistas Portugal e Angola (como Capicua, Eva RapDiva, Sam The Kid, Allen Halloween, MCK), assim como os brasileiros BK, Luccas Carlos, Sain, Rodrigo Ogi, Don-L e tantos outros. Além dos shows, a programação é recheada de oficinas, debates, workshops e batalhas de mcs. O Festival Terra do Rap é um projeto dirigido pela REPPRODUTORA: agência de produção especializada em soluções culturais, projetos autorais e curadoria artística com foco em lusofonia; promoção das culturas de rua, oficinas e workshops.
Sobre Vinicius Terra – Rapper, articulador cultural e professor de Português/Literatura. Considerado uma figura singular e pioneira no Brasil por promover intensamente a construção e o fortalecimento dos laços entre os países que falam português. Amplificou o conceito “Rap Lusófono” com a curadoria do Festival de Cultura Urbana da Língua Portuguesa, a “Terra do Rap” (com edições em São Paulo, Rio de Janeiro e Lisboa) desde 2013 e da exposição itinerante “A Energia da Língua Portuguesa” (EDP Brasil), que percorre o país desde 2017, tendo marcado presença como palco da FLIP, em Paraty-RJ, nas 3 últimas edições. Apesar das diversas colaborações em mixtapes, eps, singles e projetos paralelos, somente em 2019 teve seu álbum de estreia: “Elxs Ñ Sabem a Minha Língua {…}” trouxe a proposta de descolonização da lusofonia, buscando respostas para aquilo que perdemos na travessia do Atlântico e na construção de nosso país. O disco remonta toda a história da língua portuguesa sob a ótica do rap – desde o trovadorismo do século XII até o hip-hop lusófono do século XXI e as conexões entre Portugal, África e Brasil. Atualmente está em processo de produção de “Meu Bairro, Minha Língua{…}”, uma música colaborativa e websérie com importantes vozes da música lusófona, destinada ao novo acervo do Museu da Língua Portuguesa (São Paulo-SP), com reabertura prevista para 2021.
O projeto “Terra do Rap 2021 – Festival de Cultura Urbana da Língua Portuguesa” foi contemplado pelos editais da Lei Emergencial Aldir Blanc da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro – SECEC RJ.
Toda programação será divulgada no YouTube Oficial do Festival
Conteúdos extra serão divulgados Instagram
Programação
Oficinas – Sessão Ciência da Consciência
Sempre às 20h – Terças & Quintas
09,11,16,18,23,25,30 de Março e 01 de Abril
Lançamentos
09 de abril
*Videoclipe/Cypher
*Mixtape Terra do Rap, com registros produzidos durante o festival (músicas)
Lives – Fita Misturada On-Line
17 e 18 de abril
Encerramento
22 de abril
Prêmio Terra do Rap – Personalidades da Nova Lusofonia
Lançamento da Galeria Lusófona de Arte de Rua (street view)
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