A movimentação sonora de Preta Rara
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“Mudança de plano, começo a gravar aqui em Santos (SP), pois ganhei um edital e farei com uma banda legal“. Assim começa minha conversa com PRETA RARA, rapper, professora, historiadora e turbanista. Durante um tempo, a artista viajou de Santos para São Paulo para gravar seus sons, mas agora, com o lance do edital para financiar sua empreitada, Preta Rara prepara um disco com dez músicas, trabalho que mescla sons acústicos.
“A idéia é que o rap esteja presente na minha voz e, nas instrumentais, estamos viajando no funk soul, cumbia, carimbó e samba. Na gravação terá flauta doce, saxofone e talvez violino“, afirma a cantora.
Racismo, empoderamento feminino, rolê, relacionamento amoroso são temas que serão rimados no CD de Preta Rara. “A letra que eu estou trabalhando no momento, e que me rendeu uma grande pesquisa, pois sou historiadora, é a ‘Mulher preta tem história’“, conta. A cantora afirma que – até o momento – relata em poesia e rima a história de 23 mulheres negras, algumas conhecidas e outras não.
“Essa música estará na mesma pegada da letra de ‘Falsa Abolição’, que eu escrevi e que tem clipe do meu antigo grupo Tarja-Preta. Ela virá com um forte conteúdo histórico. Curto muito fazer som assim“, conclui a rapper e historiadora.
Preta Rara começou a gravar seu primeiro videoclipe solo, que tem o mesmo nome do CD #Audácia. Quem assina a direção é Dino Menezes, o mesmo que dirigiu o clipe do “Tarja-Preta – Falsa Abolição“.
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