LGBTI+ se afirmam em nova playlist do Bocada Forte no Spotify
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#Rap #OrgulhoLGBT #Spotify |Junho, mês do Orgulho LGBTI+. Além de muita purpurina e close na buatchy, época de lutarmos de verdade pelo respeito e igualdade à diversidade sexual e de gênero. O que as LGBTI+ do rap tem a dizer sobre o assunto? Confira nessa playlist exclusiva do Bocada Forte no Spotify.
O título da playlist – “Não É Só Close, É Luta” é um verso do Tchelo Gomez na cypher “Quebrada Queer” (que está presente na playlist). Para quem é ativo, discreto e fora do meio – e não está familiarizado com nossas gírias – “close” é o mesmo que “abalar”, “fazer pose”, “fazer carão”, “abalar” – ou seja, se destacar por algo positivo, seja algo estético ou algum comportamento. Então o que Tchelo quer dizer nesse verso é exatamente isso: ser LGBTI+ não é apenas buscar uma valorização individual, mas também uma luta coletiva pelos nossos direitos.
Assim, nossa nova playlist busca englobar essas duas realidades do que é ser LGBTI+ no Brasil e no mundo: tanto uma busca por auto-valorização (na medida em que homofobia e transfobia são coisas que roubam nossa autoestima, e recuperá-la é algo importante!) quanto luta. Para isso, trouxemos representantes gays, lésbicas, bissexuais, transsexuais e travestis e drag queens.
Começamos a playlist com “Gay (Interlúdio)” – faixa importante do álbum “O Proceder” da drag queen Glória Groove que tem conseguido unir o público LGBTI+ (pouco presente no Hip Hop) e o público do rap. Destaque também na Parada do Orgulho LGBTI+ de São Paulo nesse ano, Glória também está presente nas faixas “Bumbum de Ouro“, “Joga a Bunda” (uma colaboração com as drags Aretuza Lovi e Pabllo Vittar) e “Necomancia” (colaboração com a trans não-binária Linn da Quebrada).
Falando sobre as experiências de serem mulheres trans, além de Linn da Quebrada, nossa playlist também traz Danna Lisboa que cada vez mais ganha repercussão e reconhecimento na cena rimando sobre sua realidade.
Aliás não estranhem ao encontrarem Nicki Minaj, Cardi B e Karol Conká em nossa lista. Ainda que sejam mulheres ícones no rap, as três são militantes, cada uma a sua maneira, do movimento LGBTI+ inclusive por serem bissexuais.
Representando os gays do rap nacional estão também Guigo e Murillo Zyess (ambos do Quebrada Queer) em músicas de seus álbuns solos – com destaque para o verso do, Murillo “se as bicha tão no mic, tio, é só POW POW/ se as mina tão no mic tio é só POW POW/ se as mana não no mic tio é só POW POW POW POW”. Além de Rico Dalasam.
Enquanto Todrick Hall (em collabs com RuPaul e Bob the Drag Queen), Cakes da Killa, Zebra Katz, Mykki Blanco, Big Freedia e Le1f, que também aparecem, são MC’s ainda desconhecidos no Brasil, mas que tem uma militância muito importante nos EUA enquanto MC’s gays negros.
As mulheres lésbicas, bissexuais ou que simplesmente fogem às normas de gênero e sexualidade vem representadas por Issa Paz e Sara Donato na faixa icônica “O Pano Rasga” (de seu já clássico álbum underground – “Rap Plus Size“), Clara Lima com as faixas “Realmente” e “Nocaute“, e Dory de Oliveira na romântica “Rosa Preta de Halfeti“. Entre as gringas, são destaques a polêmica e contestadora Azealia Banks, Brooke Candy, Angel Haze e a cypher “I Got It” que conta com a presença de Charlie XCX, cupcakKE e a nossa diva nacional – Pabllo Vittar.
Confira porque está pesado!
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