‘A casa’ Beat Brasilis – Frank Ejara homenageia reunião de beatmakers em novo vídeo
ESPALHA --->
“Envolvido há 20 anos com a Cultura Hip-Hop ele é um legítimo representante da dança de rua, seu nome Frank Ejara. Ele é integrante, fundador e responsável pelas coreografias da Cia Discípulos do Ritmo, que existe há 5 anos e já se apresentaram na Europa, Argentina e muitos lugares do Brasil. Um verdadeiro dançarino de rua, que conhece a fundo a Cultura que faz parte, campeão do campeonato francês Le Battle e defensor dos nomes corretos para as variações da dança, que muitos costumam rotular todas como “break dance” – “Up Rock (Brooklin Rock), B.Boying ou B.Girling (Breaking), Locking, Popping e Boogalooing e eu não vejo dificuldade para as pessoas aceitarem esse fato”.
Esta foi a introdução que fiz para entrevista feita com Frank Ejara e publicada no Bocada Forte em 25 de junho de 2004, alguns meses antes dele participar do B.Boy Summit, em Los Angeles. Frank é dançarino, coreógrafo, beatmaker, MC e também empresário, afinal ele é sócio-fundador do selo musical Meccanismo. Ele é uma das personalidades mais importantes da Cultura Hip Hop brasileira, tanto quanto muitos que são considerados precursores.
Não é de hoje que ele se aventura no Rap, há 20 anos atrás ele já tinha um projeto com o DJ Som 3 (mestre do beats pesados) chamado Operação Diamante, uma ideia que estava à frente do tempo. Em 2018 ele lançou seu álbum solo ‘Amor, vida e caos’, do qual já foram lançados dois singles com vídeo – “Pausa e play” e “Tiozão Peter Pan”.
Ouça o disco do Operação Diamante e confira o quanto estavam à frente
https://www.youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_lJSYA2zREoQLnqOAwyGzrUU1Rvy_sNFAY
Desta vez, em homenagem aos beatmakers do projeto Beat Brasilis, ele lançou o vídeo da música “A casa“. Na letra ele fala sobre o projeto, a maneira que foi recebido e acolhido e finaliza citando os principais nomes que frequentam “a casa”. O título é este pois tudo começou e acontece até hoje na Casa Brasilis – que com algumas exceções também acontece na Matilha Cultural. Já foram mais de 200 edições realizadas desde 2014, todas às quartas, a partir das 15h. A ideia do encontro é que todos os beatmakers presentes produzam seus beats usando samples de um mesmo disco, todos com suas máquinas, fone de ouvido e no final os beats são apresentados. Qualquer um pode participar, com qualquer que seja o equipamento usado para criar. A ideia já inspirou pessoas de outros países, como Canadá, Estados Unidos, Argentina, França e foi batizada de ‘Loop Sessions’.
Aproveitando esta oportunidade, deixo aqui duas indicações sobre a Beat Brasilis:
A primeira é que eles criaram um selo para divulgar os trampos de cada participante. Já tem 15 beat tapes disponíveis e o nome do selo é Beat Brasilis Rec. Todos os álbuns estão nas plataformas digitais para audição e também no bandcamp, clique aqui e confira.
A segunda é que no próximo sábado (21), à partir das 16h, haverá mais uma apresentação da Orquestra Beat Brasilis, a primeira orquestra de beatmakers do mundo. Isso mesmo, uma orquestra! Mas ao invés de instrumentos clássicos, eles usam seus samples, sequenciadores, baterias eletrônicas, MPCs, com a participação de um violinista e um DJ.
Clique aqui e veja mais detalhes.
Na mesma entrevista, citada no início, Frank finalizou com uma mensagem em relação a dança, mas ela serve para qualquer um dos elementos da Cultura Hip Hop:
“Evoluir é preciso, mas manter a autenticidade é fundamental. Respeite os criadores. Você só dança porque eles foram geniais.”
Assista ao vídeo da música “A casa”
Interaja conosco, deixe seu comentário, crítica ou opinião