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Memória BF | 2001: BF e Revista Hip Hop na Veia entrevistam Def Yuri e DJ Leandro

Memória BF | 2001: BF e Revista Hip Hop na Veia entrevistam Def Yuri e DJ Leandro

ESPALHA --->

DefYuri_01 Memória BF | 2001: BF e Revista Hip Hop na Veia entrevistam Def Yuri e DJ Leandro
Def Yuri. Foto: Acervo BF

O Portal Bocada-Forte e a Revista Hip-Hop na Veia foram até o Rio de Janeiro para cobrir o evento Universo Hip-Hop, que aconteceu em 13 de abril de 2001 na Fundição Progresso, e aproveitaram para trocar uma ideia com uma, aliás, duas das pessoas mais importantes e mais antigas no Hip-Hop carioca: o rapper e produtor cultural Def Yuri, integrante do grupo Ryo Radikal Repz (RRR) e DJ Leandro, do grupo Contexto. Vale lembrar que Leandro era DJ do grupo Consciência Urbana, do qual também fazia parte Big Richard, hoje radicado em São Paulo.

Ao contrário do que muitos pensam, em 83 já existia Hip-Hop no Rio. Def Yuri e DJ Leandro estão aí para provar isso e, segundo eles, o Hip-Hop no Rio começou do mesmo modo que em São Paulo. Através da explosão do breaking no inicio da década de 80, Yuri e Leandro lembram de equipes que fizeram história na época como Alfa Marina, Break Mania, Mechanic Man e Break Storm. Enquanto em São Paulo os B.boys e B.girls se reuniam na Estação São Bento, no Rio os pontos de encontro eram o Ferro Velho, no bairro do Botafogo, o Largo da Carioca e o Rodão em Nova Iguaçu.

“A maioria do pessoal que hoje faz Miami Bass era gente do Hip-Hop. Foi um racha de 85, 86. Pessoal pensou assim: ‘- Vamos fazer uma música de fácil aceitação e depois a gente muda”. Só que eles não mudaram”, explica Def Yuri sobre a separação entre o Hip-Hop e o Miami Bass (funk carioca) ocorrida ainda na década de 80. E, hoje, apesar do funk estar em destaque, tem muita coisa importante acontecendo lá em relação ao Hip-Hop.

Confira a ideia que rolou na Lapa, lá no bar onde os malucos se encontram [em 2001]

Bocada Forte – Lá em São Paulo o Hip-Hop começou com os B.boys e aqui no Rio?  
Def Yuri –
 Mesma coisa, com os B.boys também.

BF – Você lembra das equipes que existiam na época? Qual era o ponto de encontro aqui no Rio?  
Def Yuri –
Alfa Marine, Break Mania, Mechanic Man, Break Storm e várias outras. Pontos tinham o Ferro Velho, lá em Botafogo, Largo da Carioca, Ferroviário e o Rodão, em Nova Iguaçu.

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Da esquerda para a direita: Paulinha, DJ Mas (R.I.P/PE), DJ Fábio ACM (RJ), Def Yuri (RJ), Célio (SP) e DJ Jeff Bass (PR). Foto de 2003 tirada no evento Trocando Ideia, em Porto Alegre. Acervo BF

BF – Você lembra em que ano começou isso?
Def Yuri Em 83, 84. Eu falo 83, 84 porque em 83 foi o começo da febre. Não sei se a galera se lembra no início de 83, no Carnaval, tinha o Chacrinha com o Break Legal pra dançar no Carnaval. Aqui no Rio tinha programa, tinha o BB Vídeo Break, pra mim o primeiro programa de Hip-Hop pela televisão. Inventem o que quiser, mas aqui em 83 tinha programa até o final de 84. Programa de rádio, quero dizer. A cidade ficou tomada; vários concursos de Break. Aí teve um abismo no tempo. Parou.

BF – Porque parou?  
Yuri –
Parou porque? Não sei, eu não parei, mas mó galera parou, parou mesmo.

BF – Parou porque o Hip-Hop “evoluiu” pro funk, alguma coisa assim?
Def Yuri – Não, não é isso. O Miami Bass é uma vertente do Hip-Hop que muita gente não admite. Você pode ver que muito B.boy dança ao som de Miami Bass e vários caras quando vão cantar usam base com referência de Miami, então, são bases antigas. Nessa época não tinha esse negócio de baile funk e Hip-Hop, era tudo misturado, você podia ir no baile e dançar break que não tinha problema nenhum.

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Gil (BF/SP), Def Yuri (RJ) e Preto Ghóez (MA/R.I.P) em 2003. Foto: Acervo BF tirada no evento Trocando Ideia

BF – E, hoje, os funkeiros tem consciência disso?
Yuri –
Não, a maioria do pessoal que hoje faz Miami Bass era gente do Hip-Hop. Foi um racha de 85, 86. Pessoal pensou assim: “- Vamos fazer uma música de fácil aceitação e depois a gente muda”. Só que eles não mudaram. Teve um pessoal que continuou fazendo umas letras mais contundentes, questionando várias coisas e esse pessoal tem noção de que funk é funk, miami bass é miami bass e Hip-Hop é Hip-Hop. Quem segue essas pessoas (os funkeiros) é quem não tem informação, como muitos no Hip-Hop também não tem informação de porra nenhuma.

BF Vocês tinham uma associação como ela surgiu e porque ela terminou?
Def Yuri – A primeira que a gente teve foi no final dos anos 80 era a Rio de Janeiro Funk Family que tinha os grupos Sistema Visado, Fator Surpresa, Funk Clube, Original RAP e vários outros grupos, um tempo depois acabou porque era mais vontade do que idealismo. Porque antigamente não interessava se o cara dançava break, cantava rap ou fazia grafite era todo mundo unido, tinha um lance de competição mas uma competição sadia, depois parou. Aí em 92 surgiu a Aticon, eu tava falando de 87, 5 anos depois é que veio ter a reunião da Aticon. Eu participei do começo antes do lançamento do disco, por outros motivos eu optei por sair, mas sempre acompanhei como andava a Associação. Teve um mau crônico, um problema, que se eu não me engano é oriundo de partido político e movimento negro, que é o seguinte, é se reunir pra discutir sobre tudo e não ter ação efetiva nenhuma. Aí a Aticon teve altos e baixos, eles lançaram o disco Tiro Inicial que achei uma iniciativa ótima só que não teve uma gestão muito profissional, pra não utilizar outro termo, vários grupos acabaram ficaram 4, 5 anos presos em contratos e se foderam.

BF – Tinha alguma outra?
Def Yuri –
Tinha uma outra de Jacarepaguá que não lembro o nome, mas não atendeu as expectativas. É uma pena que não tenha rendido e ficou por isso mesmo.

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DJ Leandro. Foto: Acervo BF

BF – E qual a relação de vocês com o pessoal que fazia parte da Aticon, Gabriel O Pensador, MV Bill, Big Richard, etc?
DJ Leandro –
 Só tenho contato com a nossa galera mesmo, o Yuri, o Buiú da 12, que era do N.A.T (Negros Acima de Tudo) e mais um pessoal aí.
  
Def Yuri – Eu também com o Buiú da 12, o Leandro, o Michel e o MV Bill que eram do Geração Futuro, Filhos do Gueto, Edwiges, que era das Damas do Rap.

BF – Pra vocês o Gabriel ainda representa o rap no Rio de Janeiro?  
Def Yuri –
A questão não é se ele representa ou não, por mais que eu não mantenha contato com o cara. O Gabriel fazia o trabalho dele na característica dele e goste ou não ele fazia parte. Só que as pessoas falavam que o cara não faz parte do Hip-Hop, o cara não é isso, não é aquilo… Aí quando ele mandou tudo pro caralho e dizia que não fazia a porra mesmo, todo mundo falou que ele era traidor do movimento. Aquela palhaçada. Pra mim isso é palhaçada.

BF – Você acha que ele foi injustiçado? 
 
Def Yuri –
Num aspecto sim, porque eu não gosto do trabalho do Sampa Crew, mas respeito a correria dos caras, sempre tiveram o estilo deles mantiveram aquilo ali e foda-se os outros. Eu falo isso porque o meu trabalho no Ryo Radikal Repz sempre foi injustiçado pra caralho. Tanto o pessoal que pegava leve, quanto o que pegava pesado, diziam que eu pegava muito pesado, então era madeirada de todo lado, várias criticas que não eram construtivas. Eu acho maneiro criticar, só que tu tem que saber do que tá falando. E todo mundo do Hip-Hop incorre no mesmo erro do estado, da mídia. A gente vive de momento, então, em 93, Gabriel foi exaltado, o rap ganhava a mídia. Aí esqueceram. Em 98 o Racionais virou febre, aí depois ninguém fala mais nada. Então, em vez de somar, como acontece em qualquer lugar do mundo, vai sempre surgindo um grupo novo e tomando o lugar do antigo. Que nem agora, o Bocada Forte, a revista do Tio Duda estão em evidência. É legal. Aí surge outra parada e o trabalho de vocês fica esquecido. A bola passa pra outro cara. Nunca tem soma, nunca multiplica e as pessoas ficam meio perdidas.

Quem começa a curtir o Hip-Hop hoje não tem noção do que aconteceu antes e as próprias pessoas no meio as vezes não fazem questão de resgatar isso aí. Eu falo isso porque eu não sigo a cartilha, não fico dizendo que “Colors” foi o primeiro filme, Cultura de Rua o primeiro disco. E o “Som das Ruas”, que saiu junto é o que? O disco do Black Junior, “Eletric Boggie” era o que? O Leandro tem um disco lá do Bufallo Girls; falava “- Vamos dançar o break”. E aí, isso não era Hip-Hop? Os programas de rádio e TV que eu falei não existiam? Começou tudo em 88. Porra, “Colors” é legal, mas e o Beat Street, Crush Groove, até o Flash Dance, vários filmes. Tem cara que começou a curtir agora, que se você tocar Run DMC, neguinho fala que é Miami.

DJ Leandro – Eu escuto neguinho do Hip-Hop dizer que Run DMC nunca veio ao Brasil; o cara acordou descobriu o que é Hip-Hop e acha que sabe tudo.

Def Yuri – Então foi uma viagem astral que fiz e vi o show do Public Enemy. Aí ce fala com o cara e ele diz “- Pô, show do Public Enemy quando? O ano passado? Mês que vem?”. Não cara, foi há 10 anos atrás!

BF – Tem muito disco que passou batido sem divulgação…
Def Yuri – Vários discos. Por exemplo, eu tinha um disco do Região Abissal. Me incomoda ver que ninguém de São Paulo fala dos caras. É uma galera que você tem que lembrar; tu pode não gostar, mas tem que lembrar. Que nem o Tio da Duda, que faz uma revista virtual, o pessoal do Bocada. Tem que conhecer os caras senão não tem razão da correria. Eu fui em vários lugares do Brasil e mantive contato com vários caras. Se tu sabe da correria do cara você tem que reverenciar, dar uma moral pro cara. Pô, tô conhecendo o Tio Duda, sei do trabalho dele, sei quem é ele. Tenho que chegar no cara e dar parabéns pelo trabalho pro maluco se motivar e continuar a correria.

BF Eu lembro que eu vi vocês no Yo! O som era da hora, porque não virou?
Def Yuri –
Não virou porque eu sou um cara maldito, ninguém gosta de mim [risos]. Mas é bom ser maldito porque a gente continua aí na nossa correria, sendo verdadeiro.

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Def Yuri (RJ) com Kamau (SP), Gil (BF-SP), Fábio (BF-SP), DJ Mas (PE), DJ Fábio ACM (RJ), Skills (Outsidaz/BF/SP/EUA), Gato Congelado (SP) e Noise D (BF/RS). Foto: Acervo BF, tirada em Porto Alegre, no evento Trocando Ideia (2003)

BF – O Bill virou e vocês não. O RRR tinha um som do nível do Bill. O que aconteceu?
Def Yuri –
Tinha não, tem e não no nível do Bill, no nível do RRR. E não virou porque as portas foram se fechando; a gente tocava só com toca-discos e depois passamos a usar banda, porque eu me sentia impossibilitado de tocar em alguns lugares. Vagabundo tesourava direto. Então coloquei banda e fui tocar onde rola Punk, Hardcore e foda-se! Vou fazer o meu espaço. O som não mudou nada: letras fortes, mesma pressão e muita gente deve ter se arrependido de tentar fechar as portas porque não adiantou nada. Só me incentivou a continuar correndo atrás.

BFComo é que tá a correria do Def Yuri?  
Def Yuri –
Além do RRR eu sou colunista no portal www.vivafavela.com.br, direcionado as comunidades do Rio; tenho um programa na rádio Fundisom, do Rio 103,3, que se chama “Que Se Dane” e tenho uma produtora, a Dyak, que lançou a coletânea “Hip-Hop pelo Rio”, com grupos que eu considero. Grupos que se encontravam no meio de um apartheid musical: Filhos do Gueto, Contexto, Tito, Juízo Crítico, que ganhou o prêmio Hutus como melhor demo. Uma galera que não tem acesso a um segmento do Hip-Hop que tenha visibilidade. Você chega na Lapa, você não tá vendo o Hip-Hop, você tá vendo algumas pessoas do Hip-Hop e outras… Como dizem vocês, embalo que daqui a um ano vão estar dançando “o tchan” ou sei lá o que. Nada contra. E tem uma galera que tá fazendo outra correria a um tempão e não encontra essas brechas. Quer fazer uma matéria sobre o Hip-Hop do Rio, cai pra dentro e vai atrás, porque tem muita gente boa que não aparece. Eu por exemplo a um tempo atrás não gostava de fazer trabalho acadêmico.

Tinha um cara aqui no Rio que tinha mais de 600 fitas gravadas com videoclipes, documentários, com tudo. Aí um indivíduo, também do Rio, tirou o cara e disse que ele não fazia parte do Hip-Hop. Não faz parte o caralho! Vai tomar no cu! O cara perdeu metade da vida dele gravando e depois editando as fitas; ele podia ficar na praia ou ficar com uma mulher, mas não. Ele doou a vida pro Hip-Hop. Tem que respeitar e agradecer, isso sim!

BF – Você faz faculdade?
Def Yuri –
Não. Fiz assessoria pra monografia e teses de mestrado. Antes eu não gostava de fazer, mas aí eu pensei que se eu não falar, vai vir uma pá de marciano e eu, o Leandro, e uma porrada de gente, vão ficar esquecidas. No Brasil tem vários caras que o pessoal não conhece, que se eu for citar não vou parar mais. O TyDoZ, em Brasília, Zezé, no Ceará, o Siel, no Vale do Paraíba, o Jairo, do Calibre 12 MCs, de Pelotas. O Jonathan e o Bill, de Curitiba. Orelha, de Santos, Washington, do Coquetel Molotov, lá de Teresina. Lamartine, do Maranhão, Zé Brown, do Faces do Subúrbio. Uma pá de gente que vive e respira Hip-Hop. Os caras tão sempre tomando porrada, sendo discriminados e tão aí, não mudam e vão levar isso até a cova ou até depois da cova se vacilar. E ninguém tem que babar ovo, mas da mesma forma que o pessoal do movimento negro reverencia os outros, a gente tem que reverenciar também, porque é motivação pro cara continuar o trabalho.

Eu não me prendo a esse negócio de quatro elementos; tudo é um elemento: o Bocada Forte, a revista do Tio Duda, o cara que filma as paradas… Tinha um cara aqui no Rio que tinha mais de 600 fitas gravadas com videoclipes, documentários, com tudo. Aí um indivíduo, também do Rio, tirou o cara e disse que ele não fazia parte do Hip-Hop. Não faz parte o caralho! Vai tomar no cu! O cara perdeu metade da vida dele gravando e depois editando as fitas; ele podia ficar na praia ou ficar com uma mulher, mas não. Ele doou a vida pro Hip-Hop. Tem que respeitar e agradecer, isso sim!

BF – Com tanta diversidade no Hip-Hop carioca porque não viraram mais grupos?
Def Yuri –
Por culpa das próprias pessoas que estão na correria e porque não é interessante. A força contrária é muito maior. É muito mais fácil você ouvir alguém cantando uma parada alienante do que algo com conteúdo. O Rio capital cultural do Brasil, vitrine, mulher, sol, praia, carnaval… Pô, tiroteio aqui? Guerra civil? Tá maluco! Bebeu? Isso não acontece. Acontece, Leandro?

DJ Leandro – Não, de jeito nenhum…

Def Yuri – É tudo mil maravilhas. Porque colocar um som que expõe as vísceras do estado?

DJ Leandro – Tem tanta coisa ruim, que é bom nem olhar. Tem gente que fala isso.

BF – O que você achou do trabalho do Escadinha?
Def Yuri –
Pra mim é só mais um trabalho. A liberdade de expressão tem que valer pra todo mundo, seja que estilo for.

BF – Você acha que os grupos do Rio não viraram por culpa das equipes de funk que estão dando maior destaque ao estilo deles?
Def Yuri –
Eles têm uma parcela de culpa, mas a culpa mesmo é do Hip-Hop de outras regiões do Brasil, que tem medo de concorrência. Porque a hora que explodir o Rap no Rio, fodeu! Você vê aí o MV Bill, que é reconhecido nacionalmente. Tem grupos de São Paulo que não tem esse reconhecimento. Que só é conhecido em São Paulo. E pra um monte de gente não é interessante mostrar o que acontece aqui no Rio. E eu queria terminar a entrevista e esse papo dizendo que tem muita gente no Brasil fazendo uma parada verdadeira que precisa ser reconhecida. O Rap é uma auto-crítico, porque é um reflexo da nossa sociedade. È o som da periferia, mas não da periferia geográfica, mas da periferia da sociedade. É isso aí, valeu Hip-Hop na Veia. Valeu, Bocada-Forte. Valeu, DJ Leandro e estamos aí pro que der e vier.

DJ Leandro – Valeu, galera. Aturando o Yuri aqui há muito tempo já estamos cansados. Valeu, Bocada-Forte, é isso aí!

Obs.: “Tiro Inicial” é o nome de uma coletânea do Rap carioca que tem músicas dos grupos que faziam parte da Associação Atitude Consciente, os grupos que participam do disco são: Filhos do Gueto, Consciência Urbana, Geração Futuro, Poesia Sobre Ruínas, N.A.T. (Negros Acima de Tudo), As Damas do Rap e tem a participação de Gabriel o Pensador na última música em que todos os grupos cantam juntos, a música se chama “Filhos do Brasil’ e tem até clipe.

A maioria das fotos utilizadas nessa matéria, são do evento Tr.I 2003 (Trocando Ideia). Um evento muito importante para o Hip Hop Nacional, que começou em 1999 com três edições e  a partir de 2000 passou a acontecer anualmente. Em 2003 o evento aconteceu entre os dias 18 e 21 de abril com todos os elementos do Hip Hop representados e como podem ver nas fotos, com pessoas de diversos estados brasileiros. Essa matéria foi resgatada no nosso acervo e algumas fotos se perderam, para suprir a falta de fotos da época, recorremos ao nosso acervo e colocamos as fotos do Tr.I, onde Def Yuri participou como convidado.

Editor de conteúdo do Bocada Forte desde 2000, envolvido com a Cultura Hip-Hop desde o início dos anos 90. Sempre nas trincheiras, da quebrada pro mundo!