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Jornal Correria mantém seu foco em dar voz aos trabalhadores e denunciar as injustiças sociais

Jornal Correria mantém seu foco em dar voz aos trabalhadores e denunciar as injustiças sociais

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“Firmeza total! Está começando mais uma edição do Jornal Correria, apresentado por Galo e Gui Soares. Hoje, estamos na Praça da Sé, em São Paulo, próximo ao Marco Zero da cidade e em frente ao Tribunal de Justiça. Nosso objetivo aqui é cobrir o caso do professor Adriano”. Assim começa, mais uma edição do Jornal Correria. Se liga no fluxo:

“Semana passada foi o Dia dos Professores, e sabemos como o Estado de São Paulo costuma tratar seus educadores. Houve um tempo em que o ex-governador Alckmin maltratava os professores, mas agora ele mudou de lado e se posiciona como um aliado. Estamos aqui para falar sobre o professor Adriano, que está envolvido em uma situação grave. Ele estava participando de uma ocupação, realizando um trabalho de base, quando houve uma confusão. A polícia foi chamada e o acusou de desacato à autoridade, algo que, segundo os presentes, não ocorreu.

Essa história começou em 2018,  ele foi condenado no ano passado e começou a cumprir pena recentemente. Adriano foi sentenciado a 10 meses de prisão em regime semiaberto, mas, na prática, tem vivido um regime fechado, onde o único “aberto” é o banho de sol. A ironia aqui é que o professor, que deveria estar ensinando, está agora aprendendo a dura rotina da cadeia.

Além de acompanharmos o caso de Adriano, estamos trazendo outras notícias urgentes. Recentemente, moradores da Zona Sul de São Paulo realizaram protestos contra a Enel devido à falta de luz. No Chile, os protestos são intensos, assim como na Espanha, onde uma greve geral foi deflagrada em apoio à Palestina.”

Gui Soares comentou sobre a ironia da situação de Adriano, destacando como o Estado parece tratar a educação pública e os professores como inimigos. “Parece que educar a classe trabalhadora é um crime”, observou Gui. Essa repressão tem raízes profundas, e não é a primeira vez que vemos o governo lidando com professores e manifestantes com violência, seja com gás lacrimogêneo ou prisões arbitrárias.

A detenção do professor Adriano exemplifica o que muitos veem como uma perseguição política, especialmente num momento em que o governo paulista, sob o comando de Tarcísio de Freitas, parece intensificar seus ataques à educação pública. Além de prisões, há o fechamento de salas de aula e escolas inteiras, uma clara tentativa de desmantelar a educação gratuita.

Outro ponto de discussão abordado por Gui Soares foi o crescente movimento para militarizar as escolas públicas. Para ele, isso significa que, em breve, teremos “militares ensinando militares”, questionando o impacto dessa militarização na formação dos jovens.

Enquanto aguardamos uma reviravolta no caso de Adriano, com possíveis decisões judiciais que possam resultar em sua libertação, o Jornal Correria segue atento aos desdobramentos. Segundo o JC, A defesa do professor já impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo, mas o pedido foi indeferido. Agora, o caso foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), e a expectativa é que a sentença seja revista.

O ato em frente ao Tribunal de Justiça contou com a participação de professores e educadores que denunciam as arbitrariedades cometidas contra Adriano. Para eles, sua prisão é uma represália à sua militância por moradia e educação, numa clara demonstração de como o Estado reprime trabalhadores que lutam por direitos.

Enquanto Gui Soares e Galo seguiam cobrindo o ato, as notícias não paravam. A situação da falta de energia na Zona Sul, gerida pela Enel, foi tema de crítica feroz. A privatização da Eletropaulo, que resultou na gestão da Enel, é vista como um exemplo claro de como o setor privado não tem garantido melhorias. Gui foi categórico ao dizer que “parece que, no jogo da privatização, o governo de direita é o irmão mais novo jogando com o controle desligado”.

A reportagem do Jornal Correria também trouxe à tona os protestos que estão acontecendo na Espanha, onde trabalhadores paralisaram suas atividades em uma greve geral contra o genocídio na Palestina. A mobilização dos trabalhadores espanhois é vista como um exemplo histórico de solidariedade internacional.

Com um tom irreverente e crítico, o Jornal Correria mantém seu foco em dar voz aos trabalhadores e denunciar as injustiças sociais. O caso do professor Adriano é mais uma prova de como a luta por direitos é reprimida, mas também de como a resistência persiste. Como disse Gui Soares: “Liberdade para o professor Adriano! Vamos continuar na luta”.

Jornal Correria

APRESENTAÇÃO: Galo, Jhonny X e Guipreto 

EDIÇÃO: Lucca, Jhonny X e Vini Boni

FOTOGRAFIA: Maretti

THUMBNAIL: Asury