Spartakus Santiago: “A cara do movimento LGBT hoje é branca, masculina e heteronormativa”
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#OrgulhoLGBT #Youtuber | Agora em Junho comemoramos o mês do Orgulho LGBIT+. Para entendermos melhor o assunto, entrevistamos o youtuber Spartakus Santiago para uma entrevista exclusiva para o portal Bocada Forte.
Já com 42 vídeos e 57 mil inscritos em seu canal no Youtube (acesse AQUI), Spartakus é também publicitário, formado em comunicação pela UFF e em direção de arte pela Miami Ad School e faz vídeos com abordagens criativas e inusitadas adicionando informações relevantes para uma série de conteúdos midiáticos que nos cercam todos os dias. Como diz em sua página no Faceboook (acesse AQUI), “tento aumentar o entendimento sobre questões importantes na internet como racismo e LGBTfobia. Negro, nordestino e LGBT, busco usar minha voz pra fazer a diferença“.
Nessa entrevista conversamos sobre seu papel enquanto mídia independente, o embranquecimento do rap (nacional e gringo), o preconceito contra latinos e reflexões críticas sobre o movimento LGBTI+ hoje. Confira:
Bocada Forte: Antes de tudo, preciso te perguntar: de onde vem as inspirações para as suas análises? Para nós que trabalhamos com rap, ou com música de maneira geral, estamos acostumados com aquelas reações/análises onde o Youtuber faz umas caretas e diz no máximo “uau”, “legal”, “empolgante” – diferente das suas análises que trazem uma nova possibilidade de leitura crítica sobre determinada música, videoclipe ou série. Enfim: como você pensa e constrói suas análises?
BF: Em um vídeo recente do seu canal, onde você analisa o novo clipe da Beyoncé com o Jay-Z (“Apeshit”), você toca em uma questão importantíssima para nós do cenário rap nacional: o embranquecimento e o esvaziamento do rap e do movimento Hip Hop de uma maneira geral. Ao mesmo tempo em que infelizmente é algo comum na história da música e da cultura, de uma maneira geral, nosso choque vem do fato do rap ter chegado no Brasil como música negra de resistência. Na sua perspectiva, porque isso acontece? E, ao mesmo tempo, existe alguma forma de lutarmos contra isso?
BF: Agora em junho, comemoramos o mês do orgulho LGBTI+: um mês não só para celebrarmos o fato de sobrevivermos às opressões do dia-a-dia, como para repensarmos nossa militância. Na sua perspectiva, quais são as principais lutas que nós LGBTI+ devemos travar?
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