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Leituras Essenciais da Escola de Ativismo: Resistência, Justiça Social e Cultura Negra

Leituras Essenciais da Escola de Ativismo: Resistência, Justiça Social e Cultura Negra

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A Escola de Ativismo é um coletivo independente, fundado em 2011, com a missão de fortalecer grupos ativistas através de processos de aprendizagem em estratégias e técnicas de ações não-violentas e criativas, campanhas, comunicação, mobilização e proteção integral, voltadas para a defesa da democracia e dos direitos humanos. Formado por um grupo multidisciplinar de ativistas, o coletivo se organiza de maneira distribuída e não hierárquica, atuando em diversas regiões do Brasil.

Para os leitores do Bocada Forte, sempre conectados com temas de resistência, justiça social e a valorização da cultura negra, selecionamos cinco leituras essenciais da Escola de Ativismo.

As indicações abordam temas como a advocacia popular em atos de protesto, a criminalização dos movimentos sociais, a resistência linguística nas periferias e a educação popular inspirada em Paulo Freire, explorando como essas questões se conectam profundamente com o hip hop e suas raízes de resistência cultural e política. Confira os links abaixo e aprofunde suas reflexões sobre a luta por justiça e preservação das vozes que fazem parte da nossa história e futuro..

  1. O Direito de Protesto e a Importância da Advocacia Popular
    A repressão a manifestações no Brasil vem se intensificando, e a advocacia popular surge como uma ferramenta essencial para garantir o direito de protesto. Advogados populares, junto com movimentos sociais, não apenas oferecem suporte jurídico, mas também documentam abusos e lutam contra o autoritarismo crescente. O hip hop, como movimento que sempre se posicionou contra injustiças e opressões, compartilha essa luta pela liberdade de expressão e pelos direitos civis.
    Leia mais: O direito de protesto e a importância da advocacia popular no acompanhamento de atos de rua.
  2. Língua e Ativismos: A Luta pela Preservação de Vozes
    A linguagem é um campo de disputa, e o modo como falamos reflete nossa identidade e nosso lugar na sociedade. No Brasil, a norma padrão imposta muitas vezes silencia vozes que fogem desse padrão. A valorização do “pretuguês” e outras variações linguísticas das periferias são formas de resistência contra a opressão cultural e linguística. O rap brasileiro é um exemplo dessa resistência, dando voz às periferias e reivindicando o direito de se expressar da forma que melhor representa suas realidades.
    Leia mais: LÍNGUA E ATIVISMOS: o que quer e o que pode essa língua?.
  3. A Criminalização dos Movimentos Sociais e o Avanço do Autoritarismo
    Com o avanço de leis que buscam criminalizar manifestações e movimentos sociais, o direito ao protesto no Brasil está cada vez mais ameaçado. Projetos de lei como a Lei Antiterrorismo visam restringir ainda mais essas ações, o que reforça a necessidade de vigilância e resistência. O hip hop, como movimento que nasceu da resistência ao autoritarismo e à violência policial, continua sendo um canal de denúncia contra essas práticas opressivas.
    Leia mais: O direito de protesto e a importância da advocacia popular no acompanhamento de atos de rua.
  4. O Multilinguismo e a Resistência Cultural nas Periferias
    A ideia de que todos os brasileiros devem falar de acordo com a norma padrão desconsidera a diversidade linguística do país. O hip hop, por meio do rap, valoriza as múltiplas expressões culturais, especialmente aquelas marginalizadas pelo discurso oficial. A resistência linguística é uma forma de afirmação da identidade das periferias, e a música se torna um meio poderoso de reivindicação e preservação dessas culturas.
    Leia mais: LÍNGUA E ATIVISMOS: o que quer e o que pode essa língua?.
  5. Educação Popular e Militância: O Legado de Paulo Freire
    O ensino tradicional muitas vezes ignora as realidades das populações periféricas. A educação popular, defendida por Paulo Freire, busca integrar a luta por justiça social ao processo de ensino, valorizando o conhecimento adquirido nas vivências cotidianas. O hip hop, como ferramenta de conscientização e transformação social, compartilha desse princípio, usando a música para educar, empoderar e inspirar mudanças nas comunidades.
    Leia mais: Leia o “Dez por Cento”: box com 6 livros debate Paulo Freire, aprendizagens e militâncias.

Confira a biblioteca da Escola.