Beat Brasilis #233 | Beatmakers se reúnem em sessão on-line inédita
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Na última quarta-feira (25), aconteceu a edição #233 da Beat Brasilis. Em uma sessão inédita, devido a quarentena, dezenas de beatmakers se encontraram on-line. O encontro, que acontece desde 2014, em São Paulo, sempre foi presencial, mas nesse momento difícil que todos vivemos, a organização encontrou uma forma inteligente de reunir até mais gente. Tradicionalmente sempre é escolhido um disco aleatoriamente, à partir desse disco cada um faz seus cortes, sampleia e cria seus instrumentais.
Confira postagem com mais de 60 participantes
Nessa edição foi escolhido o disco de Agnaldo Rayol, ‘O que eu canto’, de 1971. No total foram produzidos 59 beats, das mais variadas formas, com diversas máquinas e equipamentos. Quem conseguiu entrar na sala online do aplicativo Zoom, pôde presenciar ao vivo a apresentação dos beats, muitos ainda sendo finalizados.
Confira abaixo o disco escolhido
Tenho visto nas redes sociais alguns pseudo-produtores, pessoas com pouca experiência e conhecimento, nivelando por baixo a qualidade das produções de Rap. Ao mesmo tempo e na contramão, vejo esse pessoal da Beat Brasilis, muitos pouco reconhecidos, fazendo um trabalho maravilhoso, criativo, com sentimento real pela parada. E acima de tudo, mantendo a raiz, preservando um dos pilares da construção de um Rap, o uso do sample. Não, ninguém é obrigado a fazer uso de samples em seus beats, mas os beatmakers da Beat Brasilis, e muitos outros também, se consideram parte de uma Cultura e Cultura precisa ser preservada para não morrer.
Para essa semana eles ainda não definiram como será a sessão online, mas acompanhe nas redes sociais para mais informações e se for beatmaker, participe também. Vale muito a pena conferir os instrumentais, tem muito beat bom.
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Abaixo confira os 59 beats criados nessa primeira sessão online
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