#AlémdeMarço: Lisia Lira
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Amante da cultura hip hop ,Lisia Lira vê a força e a arma que a juventude negra precisa para seu empoderamento
“Eu sempre gostei de trabalhar com música nas aulas e um dia tava pesquisando uma que falasse sobre divisão de classes e encontrei o grupo de rap maranhense Clã Nordestino. E ai já foi, me encontrei e debrucei sobre essa cultura que falava por mim e pelos meus”, relembra a educadora e produtora cultural LISIA LIRA.
A ativista encontrou a essência do hip hop e um espaço para o debate sobre questões sociais e raciais no ano 2011, enquanto lecionava aulas de história para seus alunos do Colégio Estadual de Feira de Santana.
Integrante do Coletivo Boom Clap, participou da realização de importantes eventos de hip hop da Bahia e do nordeste, como Boom Break – Circuito dança de Rua (2015), Semana Baiana de Hip Hop (2012 e 2014), 3º ROUND – Circuito de Rima Improvisada (2013 e 2014), Pulsar Hip Hop (2014), UFC: Unidade de Freestyle Criativo (2012), dentre outros eventos.
Lisia Lira, juntamente com outros integrantes do Coletivo Boom Clap, ministrou oficinas de podução cultural voltadas para o hip hop em Maceió (Semana Alagoana de Hip Hop – 2014) e Vitória da Conquista (Hip Hop In Conkas – 2013).
Em 2014 foi educadora referência no projeto Trilha das Artes (realizado pela Cipó Comunicação Interativa), com a turma de Agente de Cultura do bairro do Lobato – levando suas experiências através do hip hop. Também em 2014 fez parte da banca de orientação do seminário Juventude e Consciência Negra, como parte do processo de formação do NUFAC – Núcleo de Formação de Agentes De Cultura da Juventude Negra.
Em janeiro de 2014, Lisia Lira participou do projeto Conversas Infinitas (Vitória da Conquista – BA) com o tema “Mulher no Movimento Hip Hop” e em novembro do mesmo ano esteve no Sarau da Onça (Sussuarana, Salvador/BA) compartilhando sua trajetória com o hip hop sob a ótica do tema Empoderamento da Mulher Negra. Em março de 2015, participou do evento Mulheres da Resistência, realizado pelo coletivo São Caetano Resistência.
Amante da cultura hip hop a educadora e produtora cultural, vê na cultura de rua a força que a sociedade jovem, negra precisa para empoderar-se. “É letramento. É a formação política e social mais próxima dos nossos jovens da periferia. A cultura hip hop também se faz presente enquanto mercado de trabalho, uma vez que também falamos de arte como modo de vida. Precisamos profissionalizar nossas ações e isso só se faz através do conhecimento.”
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