Soweto, um ícone da música negra nos anos 90 em SP

Todas as cidades do Brasil devem ter as suas festas e casas noturnas que são icônicas, históricas e importantes para cada geração. São Paulo, por ser a maior cidade do país, tem várias dessas festas, tradição que na música negra vem dos anos 60, 70 e continua nos dias de hoje.

A geração dos anos 90 podemos dizer que é uma geração privilegiada, pois muitas festas e casas noturnas dessa década se tornaram referência, pois eram os pontos de encontro do público e também de muitos artistas. Todas as outras décadas tiveram a sua importância, até maior, pois ajudaram a pavimentar uma estrada cheia de obstáculos. Na década de 90, principalmente na metade dela, tudo estava menos difícil e eram inúmeras as casas que abriam as portas para a música negra, o Rap, o Reggae e o Samba principalmente.

Uma desses locais se chamava Soweto e não tem relação nenhuma com o grupo de Samba, também famoso nos anos 90. Para quem não é de São Paulo, vale explicar que era uma festa que acontecia na região do bairro de Pinheiros, às quartas, quintas e aos domingos, dias totalmente dedicados a música negra.

A festa tocava, com algumas exceções, muito Rap, reggae, R&B e flasblack. Alguns dos DJs que tocavam eram: KL Jay, Hum, Barata, Cia, Reginaldo, Milk, Fresh e Slick. A festa ficou durante muito tempo nesse mesmo local, na Rua João Moura, acabou e depois no mesmo endereço continuou funcionando com o nome Módulo Black, que tentou manter a mesma fórmula da Soweto.

Em março de 2000 os DJs KL Jay e Reginaldo voltaram com a festa, mas dessa vez no Sambarylove, uma outra casa tradicional para a música negra em São Paulo e que também merece outra matéria. Ao final desse post você vai conferir uma galeria com flyers históricos do nosso acervo, onde estão registrados os nomes dos DJs, endereço, horário, valores, etc.

Para homenagear a Soweto, em 2008, a DJ Vivian Marques teve a ideia de resgatar a festa, se juntou ao DJ Fresh e criaram a festa Nos Tempos da Soweto.

Em diversas edições eles convidaram DJs que discotecavam na primeira versão da festa e conseguiram recriar o mesmo clima, agradar a nova geração e também o público que estava saudoso de uma festa assim. Neste 15 de junho de 2019 a festa chega a sua 80ª edição tendo como convidado o rapper e MC Thaide. Eles chegam em ritmo junino e em novo endereço para comemorar quase 11 anos de festa.

Em todo este tempo foram muitos convidados e já passaram por diversos endereços desde a primeira edição em 08 de outubro de 2008, o último DJ a se juntar ao time foi o DJ Vitonez.

Confira todos os detalhes:

Aquela festa de família que reúne grandes amigos embalados pelos melhores sons dos anos 90, que nos fazem viajar no tempo em ritmo, poesia e boas lembranças está de volta e com cara e casa nova!

E na edição de Junho, convidamos você para o baile com um toque de romantismo, com direito a recadinhos do coração através de “Correio Elegante” e o melhor da Melodia, R&B, RAP, Soulfunk, Acid-Jazz, Groove, Nu Soul, Samba Rock e o mais rico e abrangente universo da Black-Music.

DJs: Vivian Marques, Victor Cruz (Vitonez) e Tiofresh
Participação Especial: Thaide nas Quadradas

Um dos precursores do Hip-Hop no Brasil, Thaíde é considerado um cara do povo. Multi-tarefas, rapper, MC, compositor, apresentador, repórter, produtor, ator e agora ele tirou da cartola mais uma aptidão e no comando das quadradas, vai dividir com a gente suas inspirações e paixões na melhor batida da música negra mundial!

Local – Casa Do Baixo Augusta – Rua Rego Freitas, 553 – República
Data/Horário – 15.06 às 23h
Couvert – R$ 20,00 – Casal R$ 30,00 (até a 01h)
Hostess – Cris Stone.
Contato – Whatsap (11)98762-4380
Apoio – Amstel Brasil e Rap Life Radio

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– Proibido a entrada de menores de 18 anos, mesmo acompanhados pelos pais
– Aceita todos cartões de débito e crédito

P.S.: A Soweto não era única, os anos 90 em São Paulo ficou marcado por diversas casas e festas. Class, Clube da Cidade, Sambarylove, Columbia, 8º DP, Ton Ton, American Graffiti só para citar algumas das mais centrais, espalhadas nos extremos tinham muitas outras. Aos poucos relembraremos todas elas.

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